sexta-feira, 14 de abril de 2017

SEDE DOS AMANTES



A distância desfeita pela sede 
Traz-te à tona de mim
A paixão não se despede
De quem não deseja o fim


Quebro as rendas do lençol
Aquando o calor que emana do sol
Quero o mergulho imediato do corpo teu
Queimado, poro a poro, junto ao meu

Que a tua boca despida
Pernoite acesa pela minha pele
E sacie esta vontade desmedida
De que faças de mim, a tua amante mais fiel


Que rodopie vezes sem conta, a tua mão 
Pela minha estreita cintura
Que as gotas de suor sejam a loucura
Anunciada pelas roupas espalhadas pelo chão

Que só o grito destemido na almofada
Nos consiga, aos poucos, desvendar
Os amantes que vagueiam pela madrugada
São impossíveis de silenciar. 



14.04.17
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