Ocupar o espaço vazio
O lugar carcomido à esquerda do peito
A lembrança da sombra acesa pela casa
A cama despida – de sonhos, jamais de afetos – do que era tanto
O repouso dos gestos
Ao canto entreaberto da saudade
Há lágrimas, tantas, incontáveis
E um soluço apertado de tempestade
Os lugares que tu ocupaste
Ninguém ocupará mais
- O regresso a um passo atrás da mente -
Há vícios que nos distinguem
Relembrá-los nunca será demais
Estás sempre aqui
Comigo
É segredo, eu sei
E tu sabes, não o desvendarei.
Passo e volto
Onde estiveste
Estivemos e fomos
E grito
E sinto
Tudo
E mordo o sussurro que te levou
- Que me levou contigo –
Não, o amor não acabou.
Recordo a verdade do sorriso
Com que – sem querer – te despediste
Voltar dói
Corrói
Perder mata.
Traz-me o sossego
Que mantém a flor intacta.
06.01.17
Ó minha querida poetisa! Grita, sente e ama, pois este amor que lateja no recanto sacrossanto do coração-esse amor, não acabou.
ResponderEliminarSinto um orgulho tão bonito, sempre que te vejo florescer. E ainda é inverno... a primavera está-te no sangue, que eu sei. Beijinho - só para dizer-te do Poema ☺
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