Há crenças inabaláveis que os
loucos mantêm.
Há imagens que são janelas e
portas sem ferrolho ao mesmo tempo
Há deuses que invocamos quando povoamos os céus da intimidade
Ao habitar um sonho – nosso – numa folha de asas livres.
Sem vendas nem amarras
Soltam-se as cimitarras
De fogo e sede
Que não se mede.
A magia dos lugares acontece –
inevitavelmente – a todo o instante
No pensamento não há filtros nem cortes por improvisar
Há rosas e diamantes a fervilhar e aromas que correm a mil quilómetros
De distância dos dedos e a centímetros da pele, asfixiando os ossos
Com acesso ilimitado ao topo.
Há
gritos inaudíveis nas pontas do meu sorriso
E matéria azul a fluir nos meus olhos.