Se a penumbra é rainha
Das minhas noites
Os teus traços são diamantes
Lapidados na bainha
Do meu vestido
As ruínas destroçaram-me
Batendo lentamente sobre o solo
Os teus lábios chovem-me
Ao canto da boca, as palavras engulo
O silêncio é dominante
Nas nossas conversas
Só o rio sabe dos meus lamentos
Só os teus olhos aquecem
As minhas mãos, por momentos
Não há indícios de perdão
Nos beijos
Que me não deste
Nas cartas
Que me não leste
O amor é transitório
Ainda que a eternidade
Clame pelos teus (a)braços.
21.02.16
Sem comentários:
Enviar um comentário