Vem
de súbito
o aperto no peito
o arrepio na pele
o suor dos dedos
o cálido efeito
banhado de mel
que leva os medos
Vem
de mansinho
o sussurro ao ouvido
a brisa envolvente
o olhar embevecido
no seio da paixão ardente
pendurada no sorriso rendido
Vem
ao de leve
afagar os meus cabelos
presentear-me com beijos
enriquecer-me com abraços
abrilhantar meus ensejos
conhecer os meus passos
Vem
de súbito
de mansinho
ao de leve
aninhar-te no meu colo
beber todo o meu calor
Vem
- comigo -
descobrir-me
dedilhar os gestos
que nos definem
além das palavras
do Amor.
No poema (ÉS O MEU) LIVRO ABERTO, onde escreveu
ResponderEliminar"Desfolho-te como seda"
não quereria escrever
"Folheio-te como seda"?
Caro Anónimo,
EliminarGrata desde já, pela sua visita e pelo comentário.
Respondendo ao seu comentário, permita-me dizer-lhe que a Poesia nos permite ir mais além. Quero com isto dizer que, nem sempre temos que escrever a palavra mais óbvia ou o sentido literal das coisas. Neste sentido, considero que a palavra "Desfolho-te" é a (mais) adequada para iniciar o poema "(ÉS O MEU) LIVRO ABERTO", tendo em conta a minha escrita e o que pretendi transmitir.
Quanto à interpretação, cada leitor é livre de fazer a sua.
Atentamente,
Jessica Neves