sexta-feira, 11 de março de 2016

OS GESTOS QUE NOS DEFINEM ALÉM DAS PALAVRAS DO AMOR





Vem 
de súbito
o aperto no peito
o arrepio na pele
o suor dos dedos
o cálido efeito
banhado de mel
que leva os medos




Vem 
de mansinho
o sussurro ao ouvido
a brisa envolvente
o olhar embevecido
no seio da paixão ardente
pendurada no sorriso rendido



Vem
ao de leve
afagar os meus cabelos
presentear-me com beijos
enriquecer-me com abraços
abrilhantar meus ensejos
conhecer os meus passos



Vem
de súbito
de mansinho
ao de leve
aninhar-te no meu colo
beber todo o meu calor




Vem 

- comigo -
descobrir-me
dedilhar os gestos
que nos definem
além das palavras 
do Amor.

2 comentários:

  1. No poema (ÉS O MEU) LIVRO ABERTO, onde escreveu
    "Desfolho-te como seda"
    não quereria escrever
    "Folheio-te como seda"?

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    Respostas
    1. Caro Anónimo,

      Grata desde já, pela sua visita e pelo comentário.

      Respondendo ao seu comentário, permita-me dizer-lhe que a Poesia nos permite ir mais além. Quero com isto dizer que, nem sempre temos que escrever a palavra mais óbvia ou o sentido literal das coisas. Neste sentido, considero que a palavra "Desfolho-te" é a (mais) adequada para iniciar o poema "(ÉS O MEU) LIVRO ABERTO", tendo em conta a minha escrita e o que pretendi transmitir.

      Quanto à interpretação, cada leitor é livre de fazer a sua.

      Atentamente,

      Jessica Neves

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