sexta-feira, 6 de junho de 2014
TU, VIDA EM MIM
Lembras-te, meu amor, quando aquele primeiro olhar foi mais que tudo? Não esqueço o
desabotoar do beijo que me deste, naquela altura, soube-me – tão bem – pela vida! Como
continuam a saber todos os que me dás.
Logo acendi em mim, a esperança de que entrarias na minha vida, não como passagem, mas
como eternidade…
Hoje tenho a certeza de que, o nosso destino está (d)escrito na simplicidade dos gestos, em cada
toque enternecido, nos sorrisos que enleamos juntos, nas mãos que, antes de tão frias e vazias, se
tornam agora prazer diário, nos passos firmes do caminho que, traçamos a cada dia, lado a lado.
Escrevo-te, não que palavra alguma expresse o sentimento que me invade. São os sinais do meu
corpo na tua presença e na tua ausência, os verdadeiros testemunhos do que sinto.
Há em mim, a voracidade constante de me descobrir a cada dia e de me reinventar, contigo.
Não há o casulo das regras nem das restrições. Há o perfume da liberdade projetada num espelho
de contrastes imperfeitos, que se respeitam e se completam. Há o hálito brando dos sonhos, a cada
manhã, em cada “bom dia”. Não há a rotina mal vivida mas, também não há a perfeição. Há o
equilíbrio da balança, na aceitação da imperfeição e a visão de futuro, a partir dela. Há o
contornar dos obstáculos, a dois. Há o calor dos afetos, em momentos menos favoráveis. Há a
conquista incessante e o desejo de nos elevar, ao patamar dos Deuses. Há a entrega do meu corpo
ao expoente máximo do teu, na voluptuosa ousadia de que és o Homem, que merece toda a
minha rendição. Há a loucura em cada recanto. Há a musicalidade e ao mesmo tempo, o silêncio
de nós, que se sobrepõe a qualquer coisa.
...Tu és vida – em mim!
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