sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MOLDURA






Cálidas folhas d’outono
Empoleiram-se no meu dorso
Como hábeis mãos que massajam
Pequenas mazelas
Que o inverno teima em não adormecer…


Quisera eu
Que se apoderasse
O beijo do sol em noites ao relento
A brisa suave no rosto ao amanhecer
E pela tardinha o toque do calor ávido
Emaranhado por todo o corpo…



Quisera eu
Agarrar todas as cores
E pincelar ao de leve
O meu sonho…



Quisera eu
A libertação das palavras
E a fortaleza cantada dos gestos
Moldura que conduz
Ao ventre da eternidade.



18.09.13
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