sexta-feira, 6 de setembro de 2013
QUIMERA
É o mapa amolgado do tempo
Que me rouba o céu
E o algodão doce dos sonhos…
É vago todo o olhar
Gotejando amargamente
No berço de um sorriso fraco
Num desejo que podia ser presente
E é só passado…
Tragam o verde dos campos
E pendurem o sol nos meus olhos
A promessa que deixo
Veste-se de eternas tentativas
Ainda que o vento sopre
Contra os meus pés…
As minhas mãos são o caminho
Cimentado de versos d’esperança
Quiçá um dia
A passadeira vermelha do céu se estenda
E os sonhos estejam à curta distância
Da palma da mão revestida de estrelas…
Talvez haja um sorriso
Empoleirado num poema
Ainda por desvendar…
Talvez o destino
Faça de mim só promessa
E eu seja apenas quimera
Para sempre…
Talvez!…
20-04-13
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