quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ÉS...





És melodia que em mim (re)pousa
Em gestos de ternura eloquente
És o perfume que, sem querer, ousa
Deixar meu sangue frio, quente…


És mais de metade da minh’alma

O anel que destece o meu coração

Em renda, unindo palma com palma
No olhar risonho trago tua expressão!



És hipérbole num verso sem razão

Fruto que (a)colho, divina bênção 

És insanidade, pecado-tentação 
Destemida e desmedida paixão…



És dia e noite, aceso cálice de vinho

Entornado pelos meus lençóis de linho

És origem e no meu seio és poema 
Vertigem d’espuma, sonho e dilema!



És conto de fadas, des(a)pertas o paraíso  

Em mel e fogo, quando abres tua janela

De par em par e me ofereces teu sorriso
És no céu doirado, minha única estrela!



19.04.13
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