sexta-feira, 5 de julho de 2013

CAOS




Nós, seres desumanos
Deixamos que a sofreguidão do momento
Se apodere do corpo
Desprezamos as cúmplices migalhas 
E os beijos do sol em manhãs sorridentes
Preferimos apertar a chuva miudinha 
Dar as mãos por fugazes interesses
E lavá-las em águas injustas…


Nós, seres desumanos

Trocamos olhares como quem faz do engate 
Rotina diária para a sobrevivência
Lambemos a cobardia e o medo 
Alimentamos as barrigas cheias 
E as aparências contrafeitas
Somos desgraçados porque
Preferimos a raça que nos destrói…



Nós, seres desumanos 

Continuamos em falta connosco próprios
Falta-nos percorrer a vida
Falta-nos abraçar a essência
Falta-nos o ato mais nobre de todos: Amar!



04.07.13
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