Nem
as palavras ganham encanto
Nem a alma embala a solidão
Quando o olhar do corpo é pranto
Nada envolve o pálido coração…
Mas nele se desenvolve a redenção
Que é o sentimento atroz que persiste
Perdurando a voz profunda de afeição
Que desamarra as palavras do desencanto
E alma da pura resistência ao embalo da exultação…
Cai em mim o espanto e desce a interrogação
Serei eu, chão colado à negra parede
O sorriso do início ou a agrura da conclusão?!
Enlaça-me pelas fendas dos olhos, a trágica rede
Negando talvez, a melhor interpretação…
E de súbito, novamente, numa fantasiosa quimera
Advém a profunda, primordial e essencial aceção
Nascente fundamental à objeção da existência
Que nos alevanta do puro pó primitivo e, como fera
Feroz e radical nos erradica da fenda dos olhos afoitos
A nefasta rede que nega o bem ainda que revestido pelo mal.
01.03.13
Nem a alma embala a solidão
Quando o olhar do corpo é pranto
Nada envolve o pálido coração…
Mas nele se desenvolve a redenção
Que é o sentimento atroz que persiste
Perdurando a voz profunda de afeição
Que desamarra as palavras do desencanto
E alma da pura resistência ao embalo da exultação…
Cai em mim o espanto e desce a interrogação
Serei eu, chão colado à negra parede
O sorriso do início ou a agrura da conclusão?!
Enlaça-me pelas fendas dos olhos, a trágica rede
Negando talvez, a melhor interpretação…
E de súbito, novamente, numa fantasiosa quimera
Advém a profunda, primordial e essencial aceção
Nascente fundamental à objeção da existência
Que nos alevanta do puro pó primitivo e, como fera
Feroz e radical nos erradica da fenda dos olhos afoitos
A nefasta rede que nega o bem ainda que revestido pelo mal.
01.03.13