No
deserto das minhas mãos
Só cabe
A limalha vagarosa da noite
Com que rasgo a alma e o ventre…
Estende-se pelo lado esquerdo
À sombra da pele
Um sorriso manchado com água ardente…
Cegamente
Cumpro todos os segundos de oração
E deixo que a bússola do tempo
Desfaleça debaixo dos meus pés
Sob a aridez que se compõe no momento
(…Se foste, já não és!)
No deserto das minhas mãos
Há uma escada de areia por percorrer
Rumo ao toque
Descompassado do coração…
Silencio-me.
(Porque é meu dever…)
Anseio o beijo demorado do dia
E aguardo
Que se cumpra a poesia!
22.03.13
Só cabe
A limalha vagarosa da noite
Com que rasgo a alma e o ventre…
Estende-se pelo lado esquerdo
À sombra da pele
Um sorriso manchado com água ardente…
Cegamente
Cumpro todos os segundos de oração
E deixo que a bússola do tempo
Desfaleça debaixo dos meus pés
Sob a aridez que se compõe no momento
(…Se foste, já não és!)
No deserto das minhas mãos
Há uma escada de areia por percorrer
Rumo ao toque
Descompassado do coração…
Silencio-me.
(Porque é meu dever…)
Anseio o beijo demorado do dia
E aguardo
Que se cumpra a poesia!
22.03.13