quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

EM TOM MELANCÓLICO



Arrasta-se a noite 

Em tom de brisa melancólica
Chega-se a mim de mansinho
Traz-me pedaços de lua cheia
E amor ao peito, pedindo ninho…

Arrasta-se o frio
Envelhecido por dentro 
Da alma arras(t)ada
Nesta folha de jornal rasurada
(Re)toca-se a penumbra e um colo vazio…

Arrasta-me a poesia
Sem pena, rasga-me a pele 
E agita-me os sentidos…
Um beijo quebra a monotonia 
Haverá mais doce que fel
Nos hálitos adormecidos?

Em vez d’existir um rosto de luz
Arrasta-se o silêncio em cruz
À pele ferida, desagasalhada
Mar adentro chora por ti
Outra metade morre aqui
Quase poema, um tanto nada!

01.02.13
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