(Sem) Papel e Caneta, (Com) Alma e Coração
Por Jessica Neves
terça-feira, 29 de outubro de 2013
QUANDO A NOITE SUSSURRA POESIA
Quando a noite sussurra poesia
Chamo o bálsamo do corpo teu
À chuva despenteada do meu
E faço de ti prazer, até ser dia!
29.10.13
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
MEL
Pousa ao de leve, nos meus lábios
O mais cálido beijo d’outono
Dedilha uma harpa d’aromas sábios
Arrepia-me, atormenta o sono
Folheia cada poro da minha pele
Porque a noite quer-se com(o) mel…
28.10.13
domingo, 27 de outubro de 2013
DUETO ANA COELHO E JESSICA NEVES - NA MEMÓRIA ENCOBERTA DAS HORAS
Entrego-te a essência
Na memória encoberta das horas
Onde os desejos ficam no silêncio
Dos gestos que os dedos tocam
No branco e preto do piano mudo...
A melodia que dedilhamos
Tomba do sabor dos lábios teus
Em pautas de sons desalinhados
Na sede de os colar aos meus
E de ver os sonhos a dois concretizados...
Numa renda estrelada
No luar crescente do vento suave
Que as mãos tecem em laços que permanecem
Sem ponteiros descoordenados
Nos solfejos de uma linha pautada...
Ao de leve, bordas-me de linho
Enleias-me a ti, de cor
A paixão e o amor pedem ninho
Numa rendição que se quer
Devagarinho, ao pormenor!...
27.10.13
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
CHOVE(S) EM MIM
Ainda sinto o aroma da tua voz
Empoleirada ao meu pequeno ouvido
Na urgência de me falares de nós
Chove no decote do meu vestido
Chovem carícias por mim abaixo
Chove(s) poesia por mim acima
…Lentamente, contigo encaixo
Como uma genuína obra-prima
Chove na minha pele aveludada
No sossego casto do teu abraço
Não há espaço para mais nada
Sou Mulher, em ti me (re)faço!
22.10.13
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
(IN)CONSTANTE
(In)constante é o verso
Que baila no corpo meu
Na pressa de s’enlaçar ao teu
E rodopiando faz crescer
A sede de (te) querer
- Poesia -
À mesa à hora da ceia
Na carne embrulhada
Em noite salpicada
De melodia e lua cheia!
16.10.13
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
DANÇA POÉTICA
Uma mão (es)corre pelas tuas costas
A outra apoia-se na cintura
Ele faz o movimento que mais gostas
E tu deixas-te ir na loucura…
Leva-te um copo de vinho aos lábios
Não te atreves a dizer que não
Depois suave, poisa-o na tua mão
E prova-os, tomando-os como sábios…
(O copo entorna-se pelo vestido
Ele coloca-o ao de leve, no chão
Diz-te o quão és linda, ao ouvido
E sorri-te, em modo “sedução”)
Continua a dança pelas costas
Alinhando na maior aventura
Sempre fazendo o que mais gostas
Envolvendo as mãos com ternura…
Brinda-te com uma pequena flor
Prende-a a um fio do teu cabelo
Como um doce e poético novelo
Como um longo pedaço d’amor…
…Desabotoa-a, pétala a pétala
Como também se desabotoa a si
Num olhar rasgado que só cala
Toda a tempestade, dentro de ti.
19.10.13
sábado, 19 de outubro de 2013
PESO
O peso da máscara
No negrume nojento do chão
O toque adormecido
Dos lábios ao sopro do coração
A perda de identidade
A queda da esperança
A mão que não alcança
Um pingo d’imunidade
Oh! Onde estás liberdade?
Quero encher a pança!
Ri-se de mim, a falsidade
E eu morro, sem bonança!
18.10.13
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
RESCALDO
Em cada vértebra
O rescaldo do poema
- Dilema -
A sombra do destino
Infiel
O rasgo do peito
Cruel
O gemido do luar
Cede à meia-lua
O corpo a desejar
A pele que não é sua.
17.10.13
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
NÃO SÃO AS MINHAS MÃOS QUE ESCREVEM
Não são as minhas mãos que
(te)
escrevem
É todo o meu corpo
(Nu de mim)
Vestido de nós...
15.10.13
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
DEVOLVE-ME O POEMA
Devolve-me o poema
Que roubaste ao meu corpo
Na noite em que todas as estrelas
Se (des)abotoaram de nós...
Pendura-o na tua boca
Enrola-o à minha língua
E vai descendo e ondulando
Na vertigem da fome
Que o delírio pede
E o suor consome...
Devolve-me o céu
Que descobri nos olhos teus
Ao toque ardente
Do tango vibrante nos meus.
11.10.13
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
NA RAIZ DO VERBO AMAR
Troco o folhear do livro
Pelo enlace das mãos
Raízes envolvidas
Em carícias que se completam…
Troco a leveza da noite
Pelo conforto do sorriso
Poisado no peito desnudo
Após a gula do prazer…
Troco a inocência do olhar
Pelo arrepio do beijo
Na cadente despedida
Do teu corpo (n)o meu…
Se posso ter
O folhear do livro
A inocência do olhar
A leveza da noite
Na raiz do verbo Amar
Não há razão para trocar
O que está poeticamente
Destinado a se encontrar!
08.10.13
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