segunda-feira, 10 de junho de 2013
HOMEM SEM ROSTO
Sobe e desce as ruas emperiquitado
Minuciosamente, o Homem Sem Rosto
Olha para todo o lado
E não (re)conhece as cores d’Agosto...
Negros, os seus sapatos envernizados
Perdem o brilho de tanto andar
Enfurecidos e desgastados
Choram o que almeja conquistar…
Decaem-lhe no horizonte
Poemas rasurados, em aberto
A secura que (des)compõe a fonte
Talha de riscas, o peito deserto!
Enrola-se ao seu laço preto
Nem a branca camisa lhe veste o olhar
De nada lhe vale o amuleto
Porque de nada vale, não saber amar…
10.06.13
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Muito bom, com muito para se retirar deste poema.
ResponderEliminarBeijinhos