Hoje não me atrevo a escrever poesia
Ajeito apenas palavras sem nexo
No meu olhar não há sol nem euforia
E escrever é só mais um pretexto...
Ajeito apenas palavras sem nexo
No meu olhar não há sol nem euforia
E escrever é só mais um pretexto...
Caem palavras
no olhar sem rima
O papel virgem (des)espera
Os lábios (desen)cantam silêncios
Enquanto os dedos pensam calados...
O papel virgem (des)espera
Os lábios (desen)cantam silêncios
Enquanto os dedos pensam calados...
A alma sobressalta desamparada
O peito desvanece em sufoco
As mãos desconsoladas, sem nada
Fazem o coração soprar louco...
Entre alucinações e (in)quietações
Gritam palavras mudas... névoas soltas
Num pedaço de entrelinhas lúcidas
Que teimam em não se esquecer...
E eu questiono tudo à minha volta
As árvores, os pássaros e a liberdade
Até este verso perdido, aqui à solta
Que solta em meu olhar, a tempestade!
30.03.13
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