segunda-feira, 29 de outubro de 2012

TANGO




A marca do batom vermelho no copo
O violão em cordas desalinhadas
O cheiro a licor
As pétalas de rosas rubras 
Espalhadas pelo chão
Anunciavam o abraço 
Num tango apetecível

Passos sedentos, apressados
Nu(m)a cumplicidade de olhares
Que se colam e se desvendam
Entre lábios e línguas
O arrepio do perfume 
No pescoço
O toque
(D)as tuas mãos
Subindo pelas minhas pernas
Correndo pelas costas do meu vestido
Amando-me em cada vértebra
Desvendando o decote em V 
Dos meus seios arrebitados…
Minhas mãos são poesia
Escorregando por ti
Nu(m) vai e vem que humedece

A líbido entra(nha-se) em nós
E deixa-se ficar
Ébria de loucura…


É tempo de beber mais um gole
De whisky velho
Sentir o quebrar do gelo
Escorrer
E (re)começar
A dança dos corpos…




24.10.12
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