segunda-feira, 27 de agosto de 2012

"(CON)TEXTOS D'AMOR" - PEDAÇOS EM PROSA (2)



As saudades além de me levarem para longe de ti, levam-me sempre para longe de mim.
Na verdade, ando algures por aí, num mundo ausente.
Num mundo ausente contigo presente!
Sou mais um corpo amorfo sem alma que habita a noite, um astro sem luz própria.
É como se perdesse a minha identidade… Sou nada! Estou incompleta!
Falta-me o brilho dos teus olhos contemplando os meus, faltam-me os teus lábios rubros colados aos meus, falta-me o aroma da tua pele morna embrulhada na minha…
Falta-me o teu abraço em noites de tempestade! De tempestade são, hoje, todos os meus dias…
Falta-me o calor e a quietude que docemente emprestavas ao mar!
Falta-me o horizonte nas asas do arco-íris!
Falta-me a vida!
Faltas-me!
Sufoco, calo e arrepio.
As saudades são, realmente, “fodidas”!
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