Tantas vezes fui sem querer ser
A chuva perdida no teu olhar de cetim
Trago os olhos ao peito a arder
Nas chamas de um céu ainda por nascer
E ao fundo uma voz a perguntar por mim
Na solidão de um grito quase mudo
Só os teus sussurros me elevam
A viajar rente ao chão onde pertenço
Sou ave ferida em voos descontrolados
Sobre planícies imaginárias no tempo
As minhas asas foram cortadas pelo vento
Quando ansiava chegar até ti
E nesse derradeiro precipício ouvi o teu sussurro
Doce como uma esfinge inacabada
Forte abracei-te como quem abraça o mundo
À espera da resposta na tua pele acetinada
A chuva perdida no teu olhar de cetim
Trago os olhos ao peito a arder
Nas chamas de um céu ainda por nascer
E ao fundo uma voz a perguntar por mim
Na solidão de um grito quase mudo
Só os teus sussurros me elevam
A viajar rente ao chão onde pertenço
Sou ave ferida em voos descontrolados
Sobre planícies imaginárias no tempo
As minhas asas foram cortadas pelo vento
Quando ansiava chegar até ti
E nesse derradeiro precipício ouvi o teu sussurro
Doce como uma esfinge inacabada
Forte abracei-te como quem abraça o mundo
À espera da resposta na tua pele acetinada
Calo-me nesse hálito morno onde me embebedo
Nuns lábios cor de mel tão sóbrios
Como o beijo que nunca demos
Se soubesses o quanto te desejo…
Ah, se soubesses!
Os meus olhos voltariam a ver o mar
As minhas mãos voltariam a sentir-te
A minha boca a respirar-te
Os nossos corpos entregar-se-iam
A amar, amar, amar...
Mas tu continuas ali
Longe como um vulto ancorado na berma do sol
E as tuas mãos continuam longe das minhas
Já não me reconheço se não dentro da tua loucura
É lá que moro e permaneço só
Porque não vens desatar este nó
Arrancar toda a amargura?!
Porque insistes prender-me neste deserto
Onde a sede me mata sem me fazeres tua?!
Veste-me na tua pele nua
Porque de mim, tu não sabes nada…
Nuns lábios cor de mel tão sóbrios
Como o beijo que nunca demos
Se soubesses o quanto te desejo…
Ah, se soubesses!
Os meus olhos voltariam a ver o mar
As minhas mãos voltariam a sentir-te
A minha boca a respirar-te
Os nossos corpos entregar-se-iam
A amar, amar, amar...
Mas tu continuas ali
Longe como um vulto ancorado na berma do sol
E as tuas mãos continuam longe das minhas
Já não me reconheço se não dentro da tua loucura
É lá que moro e permaneço só
Porque não vens desatar este nó
Arrancar toda a amargura?!
Porque insistes prender-me neste deserto
Onde a sede me mata sem me fazeres tua?!
Veste-me na tua pele nua
Porque de mim, tu não sabes nada…
25.08.12