O teu nome ficou bordado no tapete do quarto
Só as minhas mãos molham o ácido chão
Sou mulher em pleno parto
Gemendo em êxtase esta solidão!
Acendo a TV
[com as mãos gritantes
Estás em todos os canais
Diz-me porquê?!
[Não é só por instantes
És(-me) sempre demais!
O cabelo acabei de atar
Faltam os teus dedos
Para o desembaraçar
E levarem meus medos!
Espero-te como ontem, no chão
Do meu quarto, com a TV ligada
…À mesma hora da solidão…
Em que me és tudo e sou(-te) nada!
16.06.12