terça-feira, 26 de junho de 2012

ÚLTIMA CEIA


Acendo mais um cigarro com o lume da vida alheia
Ressaltam indícios em lenços brancos carcomidos
Tombo lentamente chega-se a sombra da última ceia
Ao canto da sala (as)soam(-se) uns rumores arrependidos…

Há duas coisas que me movem no mundo: o amor e a fé!
O amor, esse já o esqueci… já nem sei o que é!…
Sustentavam-me os teus lábios, agora em tons de café
Talvez! Talvez um dia me consiga por de pé!…

Até lá, vou construindo castelos dentro de mim
Que o vento insiste em soprar p’ra longe, além…
Queria voltar a ser criança! Ingénua até ao fim!
No sítio onde (te) procuro, não está ninguém!…
Sinto-me?! Sei lá!
Escrevo e não respiro
Fervo, morro e deliro
E não estás cá…

09.06.12
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