quarta-feira, 1 de agosto de 2012

GUARDEI AS LÁGRIMAS NO BOLSO


Dei comigo soluçando entre janelas ocas
Escondi-me p’ra não enfrentar a multidão
Despedaçado estava o laço das peles loucas
Restava agora o nada polvilhado de solidão!

Colhi as lágrimas que amachucavam
O lado esquerdo à sombra do peito
E no meu rosto já não poisavam
Gotas d’orvalho fresco, desfeito…

Os meus olhos alimentavam
O que um dia foi nosso, o anel
Em que os corpos encaixavam
Abafados entre favos de mel!

A saudade trazia a quimera
No olhar enlevado em flor
De voltar a ser primavera
E acender de novo o amor!

As mãos desenlaçadas
O peito continuava vazio
As bocas desencontradas
O amor morreu de frio!

Guardei todas as lágrimas no bolso
Nem tu as sentes, nem eu as ouço!

20.07.12

1 comentário:

  1. Olá, jess

    Se o amor fosse só primaveras
    Ninguém sofreria de prantos
    Deixavam de existir quimeras
    Pois tudo seriam, encantos!

    Todas as lágrimas guardadas
    Outras vêm tomar seu lugar
    Saem por não ser amadas…
    E formam, um grande mar!

    Só existe uma espécie de lágrimas que merecem ser guardadas, as de amor!

    Beijo

    Pétala

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