sábado, 27 de agosto de 2011

PALAVRAS AO VENTO

Parque Guell - Barcelona, Abril 2011
Escrevo de negro reflectindo o meu estado de espírito.
Perco-me na incerteza que me invade e me pergunta quem sou.
Apodera-se de mim uma mente fraca que congela a minha alma e o meu espírito apagado. Nada flui...
Vagueio perdida na imensidão do meu pequeno Mundo. Observo, paro... recuo ou avanço? Padeço imóvel.
Tudo pára... E neste preciso momento encontro-me entre a espada e a parede nesta enorme esfera que tudo engloba, designada Mundo.
Na verdade, estou incapacitada.
No entanto, acabei por recuar no tempo. Refugio-me na dor que se alastra cada vez mais, queimando-me lentamente o corpo por dentro.
Embevecida, lanço o meu olhar no passado, recordando-o como uma bela lembrança que me põe um largo sorriso no rosto por todos aqueles inesquecíveis momentos. Por breves longos instantes, penetro-o na minha mente de forma dominante. Reviveria tudo novamente de modo tão intenso que me fizesse acreditar que perduraria para toda a eternidade.
Baseio-me no passado tentando trazê-lo de volta para o presente. Irei conseguir? Estarei demasiado presa ao passado? Ou estarei dependente dele para seguir em frente?
"Já estive mais perto, mas também já estive mais longe... Um dia chegarei lá? E se conseguir e ninguém o testemunhar? É importante que acreditem ou bastar-me-á saber que lá cheguei?"
Permaneço na dúvida...
Vou em busca e respostas para essa incógnita que tanto assusta, o Futuro!


(Texto redigido há uns anos atrás)
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