terça-feira, 26 de julho de 2011

OLHAR SOBRE O HORIZONTE


Lanço um olhar sobre a ponte
Diante dos meus olhos
Vejo um novo horizonte
Colorido com folhos.

Pela manhã
Abre o sol
Envergonhado
Ainda mole
Um pouco apagado.

Vem uma suave brisa
Que a paisagem em nada ameniza
Mas o tempo vai mudar
O sol  parece querer ajudar.

Com os seus raios louros
Ilumina a paisagem
Parecendo tesouros
Que levam a uma bela viagem
Ou talvez seja uma miragem.
 
Avisto um pequeno monte
Composto por uma fonte
Rodeado de flores
De diferentes odores.

Vejo pessoas contentes
Embora também ausentes
É uma riqueza atribulada
De uma felicidade pré-fabricada.


Uma criança de meigo coração
Pelo monte anda à solta
Apenas pede um pouco de atenção
E continua às voltas
Apesar de toda a agitação.

Os pais têm os seus afazeres
Então a criança fica triste
E logo desiste
Porque não desfruta dos prazeres.

 
Hoje em dia, é o mais vulgar
Cada um no seu lugar
Os pais nem sempre presentes
E as crianças cada vez mais conscientes.

Mais ao longe,
Observo um castelo
Que mundo tão belo!

Serão apenas aparências
Meras vivências
De quem “tudo” tem
De quem vive bem.

E eu penso
Num olhar suspenso
De que serve ter riqueza
Se não se tem amor
Essa imensa beleza
De tamanho sabor.

De que serve ter amor para dar
Correndo o perigo
De sozinho ficar
O amor pode ser inimigo
Se não for correspondido.


A vida será sempre assim
É um pouco injusta
É obvio que custa
Alguns não merecem esse fim!

“O essencial é invisível aos olhos”
Injustiças existem aos molhos
Que olhar sobre a ponte,
Mas que imperfeito horizonte
!          
  
      12.07.2011

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